A polícia local confirmou a identidade das duas vítimas restantes da avalanche da segunda-feira de Páscoa em Zermatt, na Suíça. A mulher foi identificada como uma canadense de 25 anos, enquanto o homem foi identificado como um suíço de 58 anos. A primeira vítima identificada pela polícia foi um garoto americano de 15 anos.
No entanto, devido às leis de privacidade na Suíça, a polícia cantonal não divulgará seus nomes, Veículos de notícias americanos confirmaram sua identidade como sendo a de Aleksas Beiga, filho do nadador olímpico lituano Nerijus ‘Ned’ Beiga. A família reside em Naperville, perto de Chicago, Illinois. Em um campanha GoFundMe, o menino foi descrito como um “raio de sol”.
Teme-se que uma quarta vítima ainda esteja sob as massas de neve, pois uma pessoa foi dada como desaparecida à polícia local em 2 de abril. As equipes de busca e resgate voltaram ao local para procurar a pessoa desaparecida na quarta-feira, 3 de abril. A pessoa desaparecida foi identificada como um homem de 30 anos. As autoridades locais presumem que ele também tenha sido arrastado pela avalanche, mas não têm nenhuma indicação de seu possível paradeiro, pois testemunhas oculares relataram ter visto apenas quatro esquiadores na área no momento da avalanche. As buscas na tarde de terça-feira não foram bem-sucedidas e os esforços na quarta-feira também não tiveram êxito. A busca de segunda-feira contou com um total de 45 pessoas, incluindo oito guias de cães de busca de avalanches, 13 especialistas em resgate, 15 bombeiros, além de instrutores de esqui e patrulheiros de pista da região. Quatro helicópteros também participaram da operação a partir do ar. De acordo com Anjan Truffer, especialista em resgate da Air Zermatt, duas das pessoas enterradas sob a neve estavam portando sinalizadores de avalanche, enquanto outra pessoa foi localizada por meio de dados de GPS de seu telefone celular. Uma pessoa foi encontrada viva, mas com ferimentos graves. Ele foi identificado como um homem suíço de 20 anos.
A avalanche começou perto de Riffelalp, em Riffelberg, em Zermatt, na segunda-feira, 1º de abril, pouco depois das 14h, em uma área do resort Matterhorn Ski Paradise que era uma zona proibida. Embora as pessoas tenham acesso a essas áreas evitando cordas e cercas, os esquiadores precisam estar cientes de que essas áreas não são patrulhadas pela Ski Patrol e não estão sujeitas a medidas de controle de avalanches além daquelas necessárias para proteger a segurança das pistas preparadas no resort. Nas 48 horas que antecederam a avalanche, Zermatt registrou 87 centímetros de neve e o risco de avalanche foi relatado como alto, ou nível 4 de 5, pelo Swiss Avalanche Center SLF. Foram emitidos avisos para evitar as áreas fora de pista no resort.
O ex-chefe do Zermatt Mountain Rescue, Bruno Jelk, disse em uma entrevista ao jornal suíço Nau: “O que aconteceu na segunda-feira me surpreendeu muito. Nenhum guia de montanha teria esquiado nessa encosta. As pessoas se tornaram imprevisíveis.” As pessoas que estavam na área tiveram que ignorar as luzes piscantes e os sinais que alertavam para o perigo de avalanche, além de terem se esquivado de cordas e ignorado sinais claramente marcados para acessar a zona de proteção da vida selvagem.
Isso foi confirmado por Markus Hasler, CEO da Zermatt Bergbahnen AG, que disse ao jornal local Walliser Bote: “Eles entraram em um santuário de vida selvagem. Essa é uma área fechada para entusiastas de esportes de inverno de todos os tipos. Uma cerca pode ser vista claramente abaixo do Riffelhaus. É a chamada cerca de proteção da vida selvagem.”
A busca pela pessoa que foi dada como desaparecida em 2 de abril está em andamento. Não está claro por que ele não foi relatado antes e se ele estava associado de alguma forma com qualquer um dos três mortos ou com o esquiador suíço ferido. Os promotores suíços estão investigando as mortes em coordenação com a polícia local.
Essa é uma situação em andamento e a SnowBrains fará atualizações à medida que mais informações estiverem disponíveis.
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